sábado, 23 de abril de 2011

Desejo Proibido


Certa noite, quando voltava do seminário, ouvi um jovem dizer a uma companheira de trajeto que estava ao seu lado: "Pecado é tudo aquilo que não nos faz se sentir bem?". Ele havia dito aquilo para justificar a sua conduta homossexual, já que ele havia expressado que se sente bem assim.
Na mente dele foi dispensada a possibilidade de o pecado parecer bom e fornecer prazer. Sua compreensão daquilo que é certo e errado estava totalmente deturpada, visto que ele limitou o conceito de bem e mal às suas sensações, ou seja, tudo que lhe é agradável é necessariamente correto. Isso nos faz lembrar do exato momento no qual Adão e Eva pecaram, "... viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. (Gênesis 3:6)". Percebemos claramente que eles sabiam a consequência do seu erro, que seriam punidos de morte. As sensações e a cobiça por coisas agradáveis e desejáveis tomaram o lugar da lei, da razão e lhes fizeram aquilo parecer bom.
Quando deixamos nos conduzir pelas sensações e desprezamos a capacidade de raciocinar e agir ponderada e comedidamente, conforme as leis recebidas de Deus, passamos a agir como os animais que são seres isentos de qualquer sombra de autoconsciência e por isso agem segundo seus extintos buscando tudo o que lhe é agradável sem se preocupar com os resultados gerados por suas ações, ações estas que podem, muitas vezes, causar a perdição de si próprio e do seu próximo.
Ao contrário dos animais nós fomos criados a imagem e semelhança de Deus, não para que fôssemos levados pelo nosso apetite, mas para que comêssemos de tudo o que é bom e agradável segundo a lei do Senhor. E quando passamos a praticá-la percebemos, cada vez mais, que não temos necessidade para desejar qualquer coisa além das presentes na lei de Deus, pois "a lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma", disse o salmista. O gozo que sentimos em executar os mandamentos do nosso Deus é infinitamente maior do que qualquer outro desejo carnal por mais que estes pareçam ser bons e agradáveis aos nossos olhos. Quanto mais agimos em conformidade com as Escrituras nos sentimos plenamente satisfeitos em Deus e buscamos jogar fora todas as atitudes do velho homem. O vício, a maldade, a luxúria, a prostituição, o furto, o homossexualismo, e todo e qualquer pecado são reduzidos a nada diante da maravilhosa Lei do Senhor.
Que desprezemos a nossa vontade se ela não for a vontade de Deus e possamos dizer "Quanto amo a tua lei! É a minha meditação todo o dia!" (Salmo 119.97). Amém!

Guilherme Barros