Há alguns anos passamos do período
da modernidade para a pós-modernidade. Enquanto na primeira, ainda que
existisse uma grande amplitude de religiões, seitas e denominações, havia-se
uma busca pelo caminho correto a se seguir. Já no período vigente da
pós-modernidade as pessoas não buscam mais, um único padrão sólido e correto aos
seus olhos, simplesmente agora tudo é correto, a verdade foi diluída em uma
infinidade de “verdades”; de caminhos “aceitáveis”. Mas a forma de se prestar
culto a Deus; a forma de vida cristã não pode ser moldada a este presente
século. É nosso dever lutar para que a obediência à Palavra de Deus seja
mantida. Isto é inegociável!
O princípio regulador do culto é
desenvolvido para que o culto solene a Deus seja mantido nos moldes da sua Escritura. O que se vê hoje são cultos moldados às pessoas, templos sofisticados com
luzes de todas as cores e uma parafernália de equipamentos eletrônicos e
musicais, além de danças e sessões dos mais variados tipos de coisas, como: descarrego,
cura, bênção financeira. Por outro lado vemos também uma rigorosa institucionalização
do culto em algumas denominações que dizem o que podemos ou não vestir, como
devemos fazer nossas barbas e bigodes, qual deve ser o comprimento do cabelo da
mulher e muitas outras cargas que nem seus próprios líderes conseguem suportar.
O princípio regulador do culto é
responsável por extrair das Escrituras uma norma que fundamente e padronize o
culto visando torná-lo aceitável a Deus. E o culto aceitável a Deus, é que
façamos aquilo que ele exige de nós. Paulo nos instrui a respeito do culto
racional dizendo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que
apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que
é o vosso culto racional” (Romanos 12.1). Parece-nos que a maioria dos que se
dizem crentes nunca leu ou atentou para este versículo. Estes buscam justamente
o contrário e entregam seus corpos as paixões dos nossos dias.
O Salmo 133 nos diz, “Oh! Quão bom e
quão agradável é que os irmãos vivam em união”. Davi disse isto no período em
que ele foi ungido rei sobre todo o Israel e pôde contemplar o momento em que
todas as doze tribos se uniram. Ele comparou este episódio com o momento da
unção do sacerdote que, ao ser ungido, todas as tribos se uniram perante aquela cerimônia
que representava as bênçãos de Deus sendo derramadas sobre o Seu povo unido.
Temos plena convicção de que a
plenitude desta união, narrada pelo salmista, só será contemplada quando o
Senhor Jesus Cristo vir buscar sua Igreja. Mas podemos, com absoluta certeza, estreitar os laços entre nossas congregações se os crentes, e especialmente seus
líderes, observarem as Escrituras e moldarem suas liturgias a Ela. “O meu povo é
destruído por falta de conhecimento” (Oséias 4.6) nos diz a Bíblia. E que
melhor maneira de destruir um povo do que fazê-lo guerrear entre si? A falta de
conhecimento bíblico tem causado destruição entre o povo de Deus e entre Deus e
seu povo, pois se não o cultuamos como lhe é devido e como ele exige de nós,
ainda que façamos isso com sinceridade de coração, podemos não agradá-lo. “Enganoso
é o coração do homem, mais do que todas as coisas; e perverso; quem o conhecerá?”
(Jeremias 17.9). Não devemos conduzir o culto a Deus conforme nossos
sentimentos, mas sim conforme a sua Palavra, esta é a oferta agradável a Deus.
Os sentimentos são muito importantes e agradáveis a Deus, mas são reduzidos a
nada quando não estão debaixo da tutela da sua Palavra.
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