quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Programa Amor & Sexo e o Pastor Esquizofrênico



Há algum tempo o Reverendo Marcos Amaral, infelizmente da Igreja Presbiteriana do Brasil, a qual eu faço parte, vem aparecendo na Rede Globo e de forma polêmica, expressando opiniões contrárias a as Escrituras e aos Símbolos de Fé.
De antemão gostaria de falar um pouco sobre o programa Amor & Sexo. Qualquer leigo que assista ao programa pode perceber intenções pecaminosas e imoralmente tendenciosas no que se diz respeito a: uso de preservativo, sexo livre, aborto, homossexualismo, feminismo, etc. Como cristãos, podemos resumir a proposta do programa com uma única expressão a demonização do amor.
O Amor só deixa de ser um demônio quando deixa de ser um Deus”, disse C.S. Lewis citando, em Os Quatro Amores, o autor moderno Denis de Rougemont. Por meio desta breve citação podemos entender que o programa eleva o amor à condição de um Deus que define leis e juízos; que dita nossas regras; que é soberano sobre tudo, até mesmo sobre Deus que é o seu autor. Fazem da criatura o Criador. Portanto o amor sendo idolatrado e elevado à condição de deus torna-se demônio.
Mas o programa “global” tem cumprido exemplarmente do seu papel de servir ao “deus deste século” e cegos de entendimento e sem o resplandecer da luz do evangelho da glória de Cristo, pois eles “mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura que o Criador, que é bendito eternamente” (Romanos 1.25). Entretanto o pastor Amaral busca a utopia ecumênica e irracional (ou racionalmente mal intencionada), de unir luz e trevas.
No programa do dia 08 de dezembro de 2011(clique e assista) o pastor entrou numa polêmica sobre o uso de camisinha e respondeu de forma esquizofrênica quando questionado qual nota daria ao homem que pratica sexo sem compromisso matrimonial: “eu dou nota zero para ele como religioso, como pastor presbiteriano, e dou nota cinco como cidadão”. E a pergunta que fazemos reverendo é: o senhor realmente compreende o que é ser cristão? Gostaria de responde-lo com uma citação do grande teólogo holandês Abraham Kuyper: “Uma religião limitada a sentimento ou vontade é, portanto, impensável para o calvinista (Kuyper define calvinista como sinônimo de cristão). A sagrada unção do sacerdote da criação deve descer para sua barba e para a orla de sua vestimenta. Todo seu ser, incluindo todas as suas habilidades e poderes, deve ser impregnado pelo sensus divinitatis*, e como então poderia ser excluída sua consciência racional, - o logos que está nele, - a luz do pensamento que vem de Deus para iluminado?” (Kuyper, Calvinismo). Em suma Kuyper defende o princípio bíblico que, “onde quer que o homem possa estar, tudo quanto possa fazer, em tudo que possa aplicar sua mão..., ou pensamento no mundo da ciência e da arte, ele está, seja no que for, constantemente posicionado diante da face de seu Deus, está empregado no serviço do seu Deus, deve obedecer estritamente o seu Deus e, acima de tudo, deve objetivar a glória de Deus”.
Não podemos, senhor Marcos Amaral, separar nossa vida religiosa da nossa vida social. Nós, acima de tudo, somos cristãos onde quer que estejamos. “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, tudo seja feito para glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). Separar nossa vida religiosa da social é como ir ao psiquiatra e receber o atestado de esquizofrênico; é colocar a igreja como um ponto de ruptura que nos separa do mundo a nossa volta.
Como cristãos não podemos comungar com as obras infrutíferas das trevas, antes, porém, devemos reprova-las, sendo colunas e baluartes da verdade por meio do Senhor Jesus Cristo.
Jesus jamais encobriu pecados, antes os expôs contra a luz da Lei, para que homens vissem o quanto estão tomados e pecados e busquem arrependimento. João Batista pregou dizendo: “Arrependei-vos porque está próximo o Reino dos Céus”, e também disse “está posto o machado a raiz das árvores; toda a árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Mateus 3). Jesus, por sua vez confirmou a mensagem de João e a cumpriu. “Arrependei-vos, porque é chegado o reino de Deus” foi a sua mensagem.
Precisamos nos apegar a Verdade e pregar sem medo e omissão todo o Conselho de Deus. Ainda que sobe pena de sermos perseguidos não podemos nos conformar com este século como o costume de alguns.

Há poucos dias o Pastor Marcos Amaral se envolveu em mais uma polêmica no mesmo programa, caso queira ler sobre o assunto leia o texto Programa Amor & Sexo traz polêmicopastor presbiteriano para opinar sobre homossexualismo.
*Sensus Divinitatis: Senso natural que todo ser humano possui a respeito da existência da divindade.
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Bibliografia
KUYPER, Abraham. Calvinismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. 208 p.
LEWIS. C. S. Os Quatro Amores. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 195 p.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Uns Confiam em Carros, outros, em Cavalos...



Para muitos, especialmente no estado de Pernambuco, as eleições se findaram. Graças a Deus por isso! E que o Senhor conduza os eleitos do povo conforme sua vontade para alegria ou para juízo do povo.
            Durante os meses que antecederam as eleições houve de tudo em minha cidade. Carreatas, passeatas, jingles que não saem da cabeça do tipo: “... quem vive de passado é museu, caranguejo é que anda pra traz...”. Sei que isso acontece em praticamente todos os municípios, mas não é isso que preocupa. É notável o crescente envolvimento das igrejas cristãs com a política. Muitos pastores e padres fecham acordos de campanha buscando apoio do governo para suas denominações ou visando ganhar notoriedade e poder como cabos eleitorais expressivos. Enquanto isso acontece muitos crentes que trabalham para o governo em cargos comissionados ou que almejam uma função oferecida por qualquer dos candidatos, apostam suas fichas e se dedicam a campanha. Isso não estaria errado, e até é digno que crentes se envolvam com a política se querem de fato lutar por algo justo e honesto diante de Deus. Entretanto o que é preocupante é que a motivação para tanta euforia se chama MEDO.
            O medo aqui expressa a desconfiança de muitos crentes no seu Deus e a confiança no poderio mundano. Muitos dos quais são extremamente corrompidos. Tememos cada vez mais os carros e cavalos de Faraó. Tememos o que eles podem fazer e o que eles podem deixar de fazer. Daí nós olhamos com desejo para as para as panelas de carne dos egípcios, como fizeram os hebreus murmurando no deserto: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar!” (Êxodo 16.3).
            Para os que agem assim logo vem o pagamento em angústia, e ainda maior medo quando os carros e cavalos dos egípcios são tragados pelo mar; quando a confiança depositada em coisas passageiras é tragada num único dia.
            O cristão deve colocar sua confiança unicamente em Deus. É somente ele que nos sustem com o seu rico maná, com suas bênçãos diárias sobre nós e nossas famílias. Os quarenta anos no deserto serviram para ensinar o povo hebreu quem é o Deus dos Exércitos e em quem se deve temer e desejar.
Muitos cristãos cometem o erro e confiar nas coisas passageiras dessa vida. Confiam em mandatos, empregos, riquezas, empresas, e em si próprios, mas Deus corrige o seu povo e lhes diz: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!”(Jeremias 17.5). Sem dúvidas muitos cristãos são vêem seus cavalos e carros sendo afogados no Mar Vermelho; seus mais preciosos tesouros extintos num piscar de olhos. Com certeza se você é um destes abra seus olhos para a correção paterna peça perdão e diga como Davi: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriamos no SENHOR, nosso Deus” (Salmo 20.7).

BENDITO O HOMEM QUE CONFIA NO SENHOR E CUJA ESPERANÇA É O SENHOR. PORQUE ELE É COMO A ÁRVORE PLANTADA JUNTO ÀS ÁGUAS, QUE ESTENDE AS SUAS RAÍZES PARA O RIBEIRO E NÃO RECEIA QUANDO VEM O CALOR, MAS SUA FOLHA FICA VERDE; E, NO ANO DE SEQUIDÃO, NÃO SE PERTURBA, NEM DEIXA DE DAR FRUTO (Jeremias 17.7,8).