sábado, 26 de janeiro de 2013

Filhos? É melhor um cachorrinho!



A muito tenho atentado para esta questão, apesar de não ter escrito nada a respeito. Sempre que assisto TV, o que não faço com tanta freqüência, vejo pessoas que criam seus animais como se fossem crianças e até numa posição mais elevada do que a posição de um filho. Enchem de presentes desnecessários, fazem festas de aniversário com comidas especiais, vestem roupas e até colocam calçados para leva-los a um passeio na rua. Existem até “salões de beleza” especializados para tal. Com certeza este é o motivo pelo qual as empresas de pet shop crescem tanto no nosso país.
Outro dia estava assistindo um programa de TV a Cabo chamado Missão Pet. Trata-se e um domador que animais domésticos que visa sanar as dificuldades entre os bichos e seus donos, quase uma Super Nany. Neste programa vi um casal que criava um bulldog como se fosse um filho e, tanto a rotina do casal como o planejamento futuro deles eram baseados em função do cão. O curioso é que eles queriam ter um filho, mas não sabiam quando o cachorro estaria preparado para lidar com a situação. Achei muito engraçado no momento, contudo vejo uma tragédia por trás disso tudo.
É comum, em nossos dias, pessoas criarem bichos como se fossem gente e a tragédia que vejo nisso é o colapso moral que nossa sociedade está mergulhando. Para o modelo de sociedade atual existem muitas vantagens em criar cães, gatos, pássaros, ratos, cobras, iguanas, furões, etc. em relação a criar filhos. Animais não raciocinam, portanto jamais questionaram seus donos. Animais também vivem (em geral) bem menos que um ser humano o que isenta seus donos de uma responsabilidade permanente. Animais domésticos raramente, ou com bem menos frequência que os humanos, atacam seus responsáveis mortalmente.
Nosso país tem taxas de assassinatos altíssimas, foram cerca de 50 mil ano passado (leiatambém). Matricídios e parricídios estão inclusos. Outro crime que vem crescendo extraordinariamente em nosso país é a agressão contra o idoso.  Esta situação reflete a desintegração da célula máter da sociedade, a família. Uma Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde nos revela que dos 93 mil idosos que são internados todos os anos no Sistema Único de Saúde (SUS), 27% são vítimas de violência. Em 2007, 116 mil pessoas acima dos 60 anos foram agredidas no Brasil, segundo dados do Governo Federal. Outro dado nos mostra que 12% dos 18 milhões de idosos brasileiros já sofreram maus-tratos e o mais assustador é que, 54% das agressões são causadas pelos próprios filhos dos idosos (Portaldo Envelhecimento). Até o momento nunca soube de um cão ou gato que matou sua própria mãe. Assim é bem mais vantajoso criar um bichinho. Eles não vão bater em você quando você estiver bem velhinho.
            Olhando para dados como estes fica evidente que o nosso Brasil vai de mal a pior. Os filhos já não são mais desejados como Salomão assim cantou:
Herança do SENHOR são os filhos;
o fruto do ventre, seu galardão.
Como flechas na mão do guerreiro,
Assim os filhos da mocidade.
Feliz o homem que enche deles a sua aljava;
Não será envergonhado, quando pleitear com os inimigos a porta.
            Os Filhos são o sinônimo de uma bênção sem igual dada por Deus, mas não são os bichinhos que estão destruindo tal bênção. O que a destrói e destrói a nossas sociedade é que estamos entregando a educação dos nossos filhos ao governo. Nossas mulheres, ludibriadas pelo pensamento progressista e feminista, desejam acima de tudo igualdade, independência, liderança e libertinagem sexual, e isto lhes consomem o tempo para o desejo de ser mãe e sustentadora do lar. Por outro lado os homens são cada vez mais frouxos, não entendem o seu próprio papel e passam suas vidas presos aos videogames, noites de farra e irresponsabilidade; não são homens o suficiente para assumir um compromisso sério de matrimonio e muito menos para ter filhos. Tais coisas contribuem para o crescimento do aborto que é a fuga de uma responsabilidade por meio de um assassinato.  
            Precisamos voltar aos fundamentos sólidos da Palavra de Deus se quisermos uma sociedade justa, com famílias bem ajustadas e que desejam crescer em número e em qualidade. Acho essa não é bem a intenção daqueles que governam nosso povo...

Família Duggar

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Hipocrisia de Judá


    Hipócrita é a qualidade daquele que assume temporariamente um papel ou uma personagem que não condiz com o seu caráter e personalidade. Em outras palavras, o hipócrita é um verdadeiro ator que possui uma máscara a fim de impedir que os outros vejam quem de fato ele é.
    Judá o quarto filho de Jacó também vestiu uma máscara para encobri o seu pecado. A Bíblia nos mostra de maneira clara sua hipocrisia. Em Gênesis 38 é narrada a história do relacionamento de Judá com sua nora Tamar. Aconteceu que Tamar, após a morte de seu marido foi enviada para casa de seu pai para ali permanecer na sua viuvez até que o filho mais novo de Judá se tornasse adulto para casar-se com ela e cumprir a lei do levirato. Tamar, temendo que tal lei não fosse cumprida, se disfarçou de prostituta e se pôs no caminho que Judá passaria. Judá se relacionou sexualmente com Tamar (sem saber que era a sua nora) e deu por garantia de pagamento seu selo, seu cordão e seu cajado. Tais objetos identificavam facilmente o seu dono. Tamar, entretanto, voltou a casa de seu pai e se pôs novamente em sua viuvez. Judá, porém, tentou fazer o pagamento a prostituta, contudo não mais a encontrou, e temendo que descobrissem o seu adultério, afirmou: “Que ela guarde para si, para que não nos tornemos em opróbio” (Gn 38.23). Passados três meses, Tamar foi descoberta grávida e acusada de adultério, e foi aí que o ponto alto da hipocrisia de Judá apareceu. Judá se pôs no lugar de Juiz e anunciou sua sentença: “Tirai-a para fora para ser queimada” (Gn 38.24). Mas Tamar, que havia guardado os objetos de Judá, revelou a todos que o verdadeiro criminoso era Judá mostrando-lhes os objetos que o identificavam. E aquele juiz mascarado tornando-se imediatamente réu, afirmou: “Mais justa é ela do que eu, porquanto não a dei a Selá, meu filho” (Gn 38. 26a).
    Todo homem tem a sua medida de hipocrisia. Todos nós cometemos pecados (Rm 3.23) e os encobrimos; nós colocamos máscaras sobre máscaras em nossos rostos. E muitos de nós ousamos, como Judá, nos tornar como juízes. Mas até quando? Até que sejamos desmascarados.  E ser desmascarado nesta circunstância é o mesmo que ser envergonhado. Não podemos carregar nossas máscaras para sempre, pois um dia estaremos frente a frente com o Pai, o Justo Juiz. Um dia estaremos diante do grande trono branco, no qual o Cordeiro estará assentado e julgara a todos.
    Judá demonstrou arrependimento pelo seu ato, “ele nunca mais a possuiu”, diz a Palavra (Gn 38.26b). Assim também todo homem necessita confessar o seu pecado ao Senhor e arrepender-se. E, como disse Martinho Lutero, “Não voltar a fazer determinada coisa é a essência do verdadeiro arrependimento”. Confessemos os nossos pecados a Deus e produzamos frutos dignos de arrependimento, pois “se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.9). “Filhinhos, agora, pois, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele não nos afastemos envergonhados na sua vinda” (1 Jo 2.28).

Guilherme Barros
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